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Autoridades garantem que atum contaminado não é comercializado em Portugal
A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária esclareceu esta sexta-feira que não está a ser comercializado em Portugal o atum da marca Dia com possível contaminação por toxina botulínica que desencadeou um alerta de saúde em Espanha.
A informação foi prestada à Lusa depois de a Agência Espanhola de Segurança e Nutrição Alimentar (Aesan) ter ativado hoje um alerta de saúde para um surto de intoxicação alimentar causado pela toxina botulínica, detetada em atum enlatado em óleo de girassol da marca Dia.
O surto foi detetado depois de quatro pessoas terem ficado doentes após terem comido uma salada russa caseira feita com este atum, três dos afetados já tiveram alta hospitalar.
A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida pela bactéria ‘Clostridium botulinum’.
A ingestão de alimentos contaminados pela toxina botulínica produz botulismo, uma doença caracterizada pelo desenvolvimento de distúrbios vegetativos, como boca seca, náuseas e vómitos, e por paralisia muscular progressiva.
A rede de supermercados Dia retirou a 10 de agosto 3.420 latas de atum em óleo de girassol de 900 gramas de forma preventiva após a notificação de uma possível contaminação por toxina botulínica detetada pelas autoridades de saúde.
Informou ainda que existe a confirmação da presença dessa toxina na análise de uma única lata de um produto fabricado pela conserveira galega Frinsa del Noroeste e da qual comercializa 1,35 milhão de unidades por ano, ou seja, cerca de 3.560 por dia.
O produto em causa é um atum enlatado em óleo de girassol de 900 gramas, marca Dia, pertencente ao lote 19/154 023 02587 com data de consumo preferencial em 31/12/2022, conforme detalhado hoje pela Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição.
De acordo com a cadeia de supermercados, o produto foi distribuído para estabelecimentos nas comunidades autónomas das Astúrias, Castela e Leão, Catalunha, Aragão, La Rioja, Múrcia, Navarra, Castilla-La Mancha e Valência, onde as latas afetadas foram retiradas.
Fontes do Dia apontaram que a contaminação deve ter ocorrido na fase de produção, tanto na matéria-prima quanto no processo de esterilização durante a “conserva”.
O grupo solicitou aos clientes que adquiriram latas do lote afetado para devolverem o produto na loja mais próxima.
Além disso, e “proativamente” a Dia garantiu que tentará entrar em contacto com os clientes que possam ter adquirido este produto “usando todos os canais necessários”.
A rede de supermercados lamentou a “inconveniência que isso pode ter causado” e disponibilizou aos clientes um telefone 24 horas (912170453) para responder a perguntas.
A mesma cadeia de distribuição já removeu em janeiro 24.576 latas de sardinha em azeite de conserva de marca própria, fabricada pela Cofisa portuguesa perante um eventual defeito de esterilização de algumas dessas latas e “apenas como medida preventiva”.
Fontes do Dia indicaram ainda que, nesse caso, as análises subsequentes foram negativas.
A empresa já informou em janeiro passado que em 2018 realizou em Espanha e Portugal mais de 500.000 análises internas e mais de 10.000 análises externas em laboratórios credenciados para seus produtos.