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Bancos deverão perder 2500 trabalhadores

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Bancos deverão perder 2500 trabalhadores

Elisabete Tavares (JN/DV)Hoje às 07:22Prevê-se um ano difícil para o emprego no setor da banca. Em 2021, deverão abandonar o setor entre 2500 e 3000 trabalhadores, segundo cálculos do JN/DV com base em resultados e anúncios de bancos a operar em Portugal.Trata-se de mais de 6% da força de trabalho do setor que, segundo dados da Associação Portuguesa de Bancos, rondava os 40 500 trabalhadores no final de 2020.No primeiro semestre deste ano, saíram 586 trabalhadores de seis grandes bancos: Caixa Geral de Depósitos, Santander Totta, BCP, Novo Banco, Banco BPI e Banco Montepio. Ao todo, desde o início de 2021, estes bancos fecharam 168 balcões bancários no país.Bancos e sindicatos já alertaram que as saídas vão acelerar na segunda metade do ano. O BCP anunciou um programa que envolve a saída de entre 800 e 900 trabalhadores. No caso do Santander serão mais de 600 em breve. Estes dois bancos admitem mesmo o recurso ao despedimento coletivo, caso não consigam chegar a acordo para a saída de um número mínimo de trabalhadores. Também o Montepio estará a negociar, podendo dispensar cerca de 100 este ano, segundo previsões de sindicatos, que esperam que do Novo Banco também possam sair cerca de uma centena.Trabalhadores e sindicatos têm contestado os planos de reestruturação em marcha. Sindicalistas e banqueiros foram recentemente chamados ao Parlamento para detalhar o que se passa. Representantes dos diversos sindicatos bancários reafirmaram que o setor vive dias de “terror” e de “assédio” sobre os trabalhadores que estão a ser alvo de processos de despedimento. Em causa, as saídas em curso no Millennium BCP e Santander, mas também foram relatadas situações na Caixa Geral de Depósitos.Os sindicatos voltaram a denunciar a suspeita de que existe concertação dos bancos na forma como estão alegadamente a pressionar os seus funcionários para deixarem as instituições. O Sindicato dos Bancários do Centro disse estranhar que entre os vários bancos que estão a dispensar, os valores compensatórios oferecidos sejam iguais e que as cartas enviadas aos trabalhadores sejam “idênticas”, entre outras situações. Ouvidos também no parlamento, na Comissão de Trabalho e Segurança Social, os presidentes executivos do BCP e do Santander negaram as acusações que recaem sobre os bancos.


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