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Carros de luxo resistiram bem às quebras da pandemia
Diogo Ferreira Nunes (JN/DV)Hoje às 07:48O comércio automóvel caiu 33,9% para o nível do último ano da troika. Mas a Porsche teve o melhor ano de sempre.As vendas de carros em Portugal caíram mais de um terço em 2020. No último ano, foram matriculados 176 992 veículos, menos 33,9% face a 2019. É preciso recuar a 2014, último ano da troika, para encontrar um número tão baixo nos últimos anos: 172 357 unidades. Mas as marcas de luxo resistiram ao ano de pandemia. A Porsche teve o melhor ano de sempre em Portugal; as superluxuosas Aston Martin e Ferrari aumentaram as vendas.A Porsche registou 831 unidades, o que compara com as 749 matrículas de 2019. Para comprar um carro da marca de Estugarda são necessários, pelo menos, mais de 71 mil euros. A Ferrari vendeu 30 unidades, mais quatro do que em 2019. O modelo mais barato da marca italiana de superdesportivos custa, pelo menos, 235 mil euros.A Aston Martin conseguiu vender mais um carro do que em 2019, passando das seis para sete matrículas em 2020. Para ter um modelo da marca britânica na garagem são necessários pelo menos 210 mil euros, ou seja mais de 315 salários mínimos.Também no superluxo, a britânica Bentley vendeu 21 carros, tal como em 2019. Pior desempenho tiveram a Lamborghini e a Maserati.A Lamborghini matriculou 15 superdesportivos, menos quatro do que em 2019. Na Maserati, a travagem foi mais expressiva, das 16 para as sete unidades, menos de metade.Contas feitas, as marcas de luxo venderam 911 automóveis no ano passado, mais 8,9% do que em 2019.Alternativos crescemO último ano reforçou também a procura por veículos que não sejam apenas a gasóleo ou a gasolina. Depois de ter ficado com 49,2% do mercado em 2019, a quota da gasolina caiu para os 44,2%. No gasóleo, depois da perda da liderança, o peso nas vendas diminuiu dos 40% para 32,8%.Os veículos alternativos tiveram o melhor ano de sempre, representando mais de um quinto das vendas (22,8%).Os híbridos plug-in (com ficha para carregamento) e os híbridos convencionais registaram, cada um, uma quota de mercado de 8,1%.Os automóveis elétricos já representam 5,4% das vendas, embora tenham ficado, pela primeira vez, com um peso no mercado inferior ao dos híbridos plug-in.
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