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Fábricas de carros obrigadas a adiar regresso à produção

Fábricas de carros obrigadas a adiar regresso à produção

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Fábricas de carros obrigadas a adiar regresso à produção

Diogo Ferreira NunesOntem às 08:39Um semicondutor é uma peça cada vez mais invisível, mas mais necessária num automóvel. Se começar a faltar, é motivo suficiente para perturbar ou mesmo fazer parar a linha de montagem. Portugal, como o resto da Europa, está a sofrer com este fenómeno. As maiores fábricas nacionais já deveriam estar a funcionar desde 23 de agosto, porém só deverão reabrir no próximo mês. As restantes unidades já recomeçaram a montagem, mas também estão com problemas.No caso da Autoeuropa e da Stellantis (ex-PSA) Mangualde, a demora no regresso à produção poderá ter impacto no salário dos trabalhadores. Será acionado o lay-off, com o Estado a pagar dois terços do salário. No ano passado, as duas unidades foram responsáveis por mais de 96% da fabricação de automóveis em Portugal.Na fábrica de Palmela, já se sabia que a suspensão da produção seria prolongada: quatro semanas, em vez das habituais três para estabilizar a linha de montagem e aproveitar para reasfaltar a estrada de acesso. A semana extra de paragem ainda foi contabilizada como dias de não produção.Cenário de lay-offContudo, a unidade já comunicou que a laboração só será retomada dia 6 de setembro, adiantou ao JN/Dinheiro Vivo a comissão de trabalhadores. Esgotados os dias de não produção, regressa o lay-off: os mais de 5200 funcionários vão para casa sem perder parte do salário, porque o grupo alemão vai completar os restantes 33,3% que não são pagos pelo Estado.Quando a linha de montagem da Autoeuropa voltar a funcionar, também será necessário acabar os milhares de T-Roc e Volkswagen Sharan que ficaram sem semicondutores nas semanas anteriores à interrupção. Algumas dessas unidades estão parqueadas em locais de grandes dimensões nos distritos de Lisboa e de Setúbal. No limite, contam-se até 17 mil unidades que poderão ser produzidas sem terem todas as peças e permanecerem estacionadas.Em Mangualde, a unidade da aliança Stellantis enfrenta problema semelhante. Desde segunda-feira, dia 23, que deveriam estar a ser fabricados os modelos comerciais ligeiros da Citroën, Peugeot e Opel. No entanto, ainda não está previsto o regresso: apenas com três dias de antecedência os mais de 900 operários saberão quando terão de vestir a indumentária para voltarem à produção.Amanhã não será de certeza e também é pouco provável que o regresso seja feito no dia seguinte. Esgotado o tempo de férias, segundo fonte oficial da unidade, os trabalhadores podem beneficiar da flexibilidade do banco de 280 horas sem perda no vencimento; esgotado o mecanismo, os funcionários passam para o lay-off, mas com alguma perda no ordenado: a Stellantis só complementa até 80% do salário.Perturbações em setembroNo Tramagal, a unidade da Mitsubishi Fuso – controlada pela Daimler – até retomou a produção de minicamiões no início desta semana e sem quaisquer problemas. O pior ainda está para chegar: “Prevemos perturbações sérias na atividade durante setembro”, antecipa fonte oficial da fábrica. Poderá estar em causa a suspensão total ou parcial da produção do modelo Canter durante o próximo mês.Problemas também no estrangeiroTambém lá fora são sentidos os impactos da falta de semicondutores. Por exemplo, na Alemanha, o grupo VW teve de prolongar a paragem em três fábricas e reduzir a montagem a um turno noutras unidades. A Stellantis suspendeu a produção em fábricas em Espanha e em França pelo mesmo motivo, com exceção de um setor, que se dedica à produção dos modelos mais rentáveis para a aliança liderada por Carlos Tavares. A dona da Mercedes prolongou a redução do horário da linha de montagem em fábricas na Alemanha e na Hungria. Os suecos da Volvo suspenderam a laboração em Gotemburgo para a próxima semana, o mesmo fazendo a Ford numa unidade na Alemanha.Salvador CaetanoEm Ovar, a unidade da Salvador Caetano está a produzir normalmente a série especial do Toyota Land Cruiser para a África do Sul. Mas a falta de chips “não permitiu corresponder a uma pretensão de aumento de encomendas” para aquele mercado.Produção nacionalOs dados mais recentes da associação ACAP indicam que foram fabricadas 152 267 unidades em Portugal até junho, mais 29,8% do que em igual período de 2020, afetado pelo primeiro confinamento.


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