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Google proíbe anúncios de tratamentos com células-tronco
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O Google anunciou que proibirá anúncios de procedimentos médicos experimentais ou não comprovados. Após pressão da Food and Drug Administration (FDA), agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, a gigante da tecnologia decidiu impedir o acesso dos usuários a clínicas que prometem tratamentos ainda não regulamentados. As informações foram divulgadas pelo The Verge.
Segundo a FDA, as clínicas que oferecem “terapias com células-tronco” devem testar seus procedimentos em rigorosos ensaios clínicos. Para o órgão, a comercialização desses tratamentos colocam os pacientes em risco, expondo-os a médicos que vendem esperança para as doenças por milhares de dólares.
Em geral, antes que um novo tratamento seja disponibilizado ao público, deve ser realizada uma série de ensaios clínicos para testar a sua eficácia. Os resultados são monitorados por pesquisadores e órgãos reguladores para manter a integridade científica. No entanto, até o momento os únicos tratamentos com células-tronco aprovados pela FDA são destinados para a medula óssea e câncer de sangue.
As clínicas que trabalham com células-tronco de forma não autorizada não são novas. Na verdade, centenas de médicos aceitam tratar pacientes com dores crônicas, esclerose múltipla, Parkinson e diversas outras doenças de difícil manejo. Afirmando que seus procedimentos são os mais seguros e eficazes, esses médicos cobram pagamento de 10 a 20 mil dólares antecipadamente dos pacientes e, muitas vezes, não oferecem evidências científicas. Segundo especialistas, diversos pacientes acabam sofrendo infecções graves, tumores e cegueira após as intervenções.
Para os analistas, motores de busca como o Google e o Bing colaboram para a expansão desses serviços, já que muitos pacientes acometidos por doenças graves dependem da internet para obter informações sobre os seus quadros. “Os anunciantes conseguem o que querem … e para o Google é uma boa maneira de ganhar dinheiro”, diz Gayathri Sivakumar, pesquisadora de comunicação em saúde da Universidade Estadual do Colorado.
Depois de toda a polêmica, o Google anunciou uma nova política que vai impedir a divulgação das clínicas. Com previsão de lançamento para outubro, a iniciativa visa combater “resultados perigosos para a saúde” dos usuários.