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Idoneidade do presidente da Caixa terá de ser avaliada pelo BCE
Paulo Macedo foi responsabilizado pela contratação para o BCP de um assessor de Manuel Pinho, ex-ministro da Economia, que nunca prestou trabalho efetivo no banco. Ministério Público está a investigar favorecimentos.
O BCP enviou ao Banco de Portugal a auditoria interna que concluiu haver responsabilidade de Paulo Macedo, o antigo vice-presidente e atual líder da Caixa Geral de Depósitos (CGD), na contratação de um assessor do ex-ministro Manuel Pinho, em setembro de 2008. João Conceição terá recebido 153 mil euros sem nunca ter trabalhado no banco como diretor, concluiu a investigação, que agora será enviada ao Banco Central Europeu (BCE) para avaliar se Paulo Macedo pode continuar a presidir à Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos.
De acordo com notícia do Observador, a investigação no BCP foi ordenada por Miguel Maya, o atual presidente executivo do BCP, tendo concluído que o assessor de Manuel Pinho foi contratado para o banco por intermédio de um acordo entre Paulo Macedo, na altura vice-presidente do BCP, e João Manso Neto, administrador da EDP. O acordo incluiria que o pagamento dos 153 mil euros de remunerações de João Conceição seriam reembolsados pela EDP ao banco, o que não terá sido cumprido.
O Ministério Público está a investigar a situação para saber se aquela contratação terá sido feita para pagamento de contrapartidas da EDP na elaboração de legislação do setor energético quando Manuel Pinho era ministro da Economia. Paulo Macedo já foi chamado a prestar esclarecimentos no início de agosto, mas o atual presidente executivo do BCP não quis esperar pelas conclusões e ordenou a auditoria interna.
O Público adiantou, hoje, que as conclusões da auditoria já chegaram ao Banco de Portugal e vão, agora, ser remetidas ao BCE, uma vez que a situação obriga a dar início a um processo de avaliação da idoneidade do atual presidente da CGD.