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Ligação ferroviária ao aeroporto de Beja em estudo

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Ligação ferroviária ao aeroporto de Beja em estudo

Diogo Ferreira Nunes (DV/JN)Ontem às 07:18Infraestruturas de Portugal analisa variante da Linha do Alentejo. Obra poderá ultrapassar 100 milhões de euros.A Infraestruturas de Portugal (IP) vai estudar a ligação do aeroporto de Beja à linha ferroviária do Alentejo. A gestora de infraestruturas publicou, esta semana, em “Diário da República”, um despacho que autoriza a contratação de estudos e de projetos para executar uma das obras previstas no Plano Nacional de Investimentos (PNI 2030).O investimento estimado poderá ultrapassar os 100 milhões de euros. “Este desvio pode conferir capacidade acrescida ao aeroporto”, assinala, ao JN/Dinheiro Vivo, o presidente daquele município alentejano, Paulo Arsénio. A operar desde 2011, o aeroporto de Beja representou um investimento de 33 milhões de euros, “boa parte” proveniente de fundos comunitários.Na primeira década de funcionamento, serviu sobretudo para a manutenção de aeronaves. Exemplo disso é a abertura de um hangar de manutenção da portuguesa Hi Fly. Para passageiros, apenas existe capacidade para o check-in de 250 pessoas por hora. O reforço da aviação comercial dependerá de obras de ampliação da infraestrutura.Conclusão até 2025Uma eventual ligação do aeroporto à ferrovia está incluída nos estudos que a IP vai lançar para modernizar e eletrificar o percurso entre Casa Branca e Beja. Também está contemplada a instalação de sinalização eletrónica no troço de 63,5 quilómetros. Estes trabalhos serão feitos ao abrigo do PNI 2030, que contempla um orçamento total de 230 milhões de euros para a modernização, até 2025, das linhas ferroviárias do Alentejo e do Sul, no troço entre Torre Vã e Tunes e com uma eventual ligação ao aeroporto de Faro.Só a modernização do troço Casa Branca-Beja e a variante para o aeroporto poderá custar entre 88 e 120 milhões de euros. Paulo Arsénio teme ser “muito difícil, para não dizer impossível”, que as obras fiquem concluídas até 2025.A IP também autorizou a contratação de estudos para a modernização e a duplicação do troço entre Bombel e Poceirão, também na Linha do Alentejo. Estes trabalhos, previstos há quase uma década, poderão resolver o cenário de pré-saturação de transporte de mercadorias neste percurso.


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