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Luís Guimarães deixa cargo de administrador do Montepio
Luís Guimarães apresentou a renúncia aos cargos de administrador não-executivo do banco Montepio e de presidente da Comissão de Auditoria, informou o banco à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“[…]Informa-se que o senhor doutor Luís Eduardo Henriques Guimarães apresentou a sua renúncia ao cargo de vogal não executivo do Conselho de Administração do Banco Montepio, bem como ao cargo de Presidente da Comissão de Auditoria”, refere a nota ao mercado.
No mesmo comunicado, o Conselho de Administração do Montepio diz que “agradece o trabalho desenvolvido e a dedicação” de Luís Guimarães e que continua “comprometido e determinado na prossecução do plano de transformação em curso”.
O Público noticiou, na quinta-feira ao fim da noite, que Luís Guimarães comunicou no início de agosto ao presidente não executivo do Banco Montepio, Carlos Tavares, a demissão dos cargos que ocupa, o que segundo o jornal o fez “alegando, entre outros aspetos, falta de condições para exercer a função de forma independente”.
Ainda segundo o diário, essa informação foi dada a conhecer ao Banco de Portugal, tendo a vice-governadora, Elisa Ferreira, pedido que Luís Guimarães continue em funções na Comissão de Auditoria até final do ano para ajudar na estabilização da instituição.
O anúncio do pedido de demissão foi comunicado esta quinta-feira por Carlos Tavares aos restantes administradores, em reunião do Conselho de Administração do banco.
Há várias semanas que há notícias sobre problemas no Banco Montepio, tanto por críticas à estratégia do banco como ao prolongar da indefinição sobre Dulce Mota que desde fevereiro é presidente executiva interina. Então, Dulce Mota substituiu Carlos Tavares, que passou a ser apenas a presidente não executivo (‘chairman’) e desde então não foi decidido definitivamente se fica ou não como presidente da instituição.
Segundo o Público de 23 de agosto, Carlos Tavares requereu aos serviços do Banco Montepio que definam o perfil que se exige a um presidente executivo de um banco com as características do detido pela Associação Mutualista Montepio Geral, o que estará a atrasar a clarificação definitiva da gestão executiva do banco.
Ainda em agosto, a Lusa contactou tanto o Banco Montepio como a Associação Mutualista Montepio Geral sobre estes temas e o clima de tensão no interior do banco, tendo ambos recusado fazer comentários.