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Marcas antecipam obrigação de reduzir plásticos
Zulay CostaOntem às 08:52Sustentabilidade e economia circular são cada vez mais importantes para ganhar credibilidade dos consumidores.As marcas estão cada vez mais preocupadas com a sustentabilidade e a economia circular. A estratégia visa “seguir a tendência de mercado e responder a ações mundiais como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, diz Marta Bicho, professora do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM), salientando que desta forma conseguem “ganhar credibilidade” junto do público. À mudança também não é alheio o facto de o consumidor português estar mais “desperto” para a importância da sustentabilidade e fazer “mais pressão”, acrescenta.Sobre este tema, as empresas abordadas pelo JN dizem assumir compromissos ambientais e garantem ter vindo a implementar estratégias de redução do plástico e substituição por alternativas mais ecológicas. Várias integram o Pacto Português para os Plásticos e estão a antecipar-se à legislação, já que a diretiva comunitária 2019/904, que estabelece regras para a redução deste material de uso único, só entra em vigor a partir de julho. E a lei 76/2019 aponta períodos transitórios para vários setores que, no caso do comércio a retalho, só termina em setembro de 2022.Opções amigas do ambiente A Renova assegura estar desde 2018 comprometida com a “eliminação progressiva do plástico”, substituindo “a tradicional embalagem por papel reciclável e biodegradável”. Na IKEA, os plásticos de utilização única, como palhinhas, sacos de congelação, copos ou talheres, “deixaram de ser vendidos ou foram substituídos por soluções reutilizáveis ou 100% renováveis”, em 2020.A McDonald”s anunciou que vai reduzir o consumo de plástico “em mais de 500 toneladas por ano, nos restaurantes em Portugal”, incluindo 68 milhões de palhinhas e 72 milhões de tampas de bebidas, entre outros.Encontrar louça de plástico descartável nas grandes superfícies é cada vez mais difícil. No Lidl, a tarefa de descontinuar os descartáveis, “evitando a entrada no sistema de 12,5 milhões de copos e de 5 milhões de pratos anualmente”, começou em agosto de 2018.O Continente “antecipou a obrigação legal relativa à comercialização” dos descartáveis e, entre outras medidas, substituiu as palhinhas de plástico dos pacotes de leite e sumos por outras de papel, “evitando 35 milhões de palhinhas por ano”.Em 2019, no Pingo Doce, os bastões dos cotonetes passaram a ser de papel. Em 2020, foi a vez das palhinhas que acompanham embalagens da marca.Na Auchan (Jumbo), as diversas medidas permitiram eliminar, em 2020, cerca de “222 toneladas de plástico e substituir 343 toneladas de plástico virgem por incorporação de plástico reciclado”.A Mercadona anunciou que já eliminou o “plástico de uso único em todas as lojas da cadeia”.PROJETODevolver tara das garrafas e fazer doaçõesO projeto-piloto de devolução da tara das garrafas de plástico PET “Do Velho se Faz Novo”, iniciado em 2020 por um consórcio que integra as associações Águas Minerais e de Nascente de Portugal, de Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas e de Empresas de Distribuição, instalou 23 máquinas em superfícies comerciais. O objetivo é promover a mudança de comportamentos. Primeiro, as máquinas entregavam talões para descontos em compras, agora destinam-se a donativos sociais. Assim, já foram colocados “mais de 11 milhões de garrafas usadas” nas máquinas, explicou o Continente, salientando que 7,3 milhões de garrafas (correspondentes a 289 mil euros em vales) foram nas suas lojas. No Pingo Doce, o sistema recolheu 1,4 milhões de garrafas (38 toneladas), tendo sido descontados “mais de 90% dos talões emitidos”.
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