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O que acontece quando a sua digital é roubada?
Uma dupla de pesquisadores israelenses descobriu que a Suprema, companhia que possui um software de segurança que usa sistema biométrico e de reconhecimento facial para autorizar o acesso a prédios de diferentes empresas, deixou esses e outros dados pessoais expostos sem proteção alguma em sua base de dados.
Os profissionais tiveram acesso a mais de 23 gigabytes de data, como painéis, relatórios, fotos de usuários, dados completos como nome e contatos, logins e senhas e códigos para acessar áreas dos locais monitorados pela Suprema. No total, mais de 1 milhão de usuários que possuem informações coletadas pela empresa tiveram seus registros desprotegidos.
O caso, que aconteceu recentemente, levanta uma questão que deve ser cada vez mais discutida: a segurança de registros como impressões digitais, face e voz. Que, ao contrário de senhas, padrões ou outros documentos, não podem ser substituídos e podem comprometer de forma irreversível a tranquilidade e bem-estar de uma pessoa afetada por um vazamento desse tipo.
Esse conjunto de informações, conhecido como dados biométricos, é bem mais sensível porque os dados podem ser usados para falsificar a identidade das pessoas em ataques massivos e altamente direcionados. “Sendo assim, recomendamos fortemente que a biometria seja usada apenas como uma alternativa para nomes de usuários, não para senhas. Se uma senha cair em mãos erradas, você poderá alterá-la. Se isso acontece com a sua digital, ela estará marcada para sempre”, alerta David Emm, pesquisador de segurança da Kaspersky, em nota sobre o tema.