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Pilotos da TAP querem acordo de empresa igual ao da Lufthansa
JN/AgênciasHoje às 14:51O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) enviou hoje uma carta à administração da TAP a manifestar disponibilidade para assinar um acordo de empresa igual ao da Lufthansa, “garantindo importantes vantagens para ambas as partes”.”Vimos por este meio reiterar à gestão de topo da TAP a nossa vontade de assinar imediatamente um acordo de empresa igual ao da nossa congénere, para que a TAP passe a ter condições rigorosamente iguais às da tão elogiada Lufthansa e de modo a que os senhores Ministros e Administradores deixem de poder usar os pilotos TAP como bode expiatório para justificar os males da empresa”, refere a carta a que a Lusa teve acesso.Segundo o SPAC, “o país inteiro ouviu o Sr. Ministro da tutela [o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos], dizer que a TAP está em desvantagem concorrencial porque os seus pilotos ganham mais e são em maior número por avião do que os pilotos das empresas congéneres”.O sindicato que representa os pilotos da transportadora considera que “é certo que essas afirmações foram feitas em concertação com o Chairman [Miguel Frasquilho] e o CEO da TAP [Ramiro Sequeira]”, que “não desmentiram nem corrigiram essas afirmações, falha que os pilotos classificam como muito grave em termos de liderança”.Lembrando que a Lufthansa e os seus pilotos acabaram por renegociar no dia 23 de dezembro, o seu acordo de empresa “garantindo importantes vantagens para ambas as partes”, o sindicato reitera a sua vontade de assinar um acordo idêntico.”Seria incompreensível que a TAP não aproveitasse esta oportunidade de ouro para se livrar das tão propaladas benesses excessivas dos seus pilotos, pelo que apelamos de forma veemente a que concertem e assinem com o SPAC um acordo de empresa igual e condições em tudo idênticas às negociadas e acordadas (sim, acordadas) entre a Lufthansa e o sindicato dos pilotos (Vereinigung Cockpit)”, refere a carta.Segundo a agência Efe, a companhia aérea Lufthansa e o sindicato Vereinigung Cockpit (VC) chegaram a acordo para que não haja despedimentos por razões económicas até março de 2022, no âmbito de um acordo coletivo adaptado à crise.Em contrapartida, a companhia poderá reduzir o horário com a consequente adaptação salarial e congelar aumentos.Estas medidas serão aplicadas aos cerca de cinco mil pilotos da Lufthansa, Lufthansa Cargo, Lufthansa Aviation Training e parte da Germanwings.De acordo com o sindicato VC, citado pela Efe, o “consórcio consegue assim cortar despesas em mais de 450 milhões de euros, o que a somar aos cortes já aplicados para este ano, representa uma poupança de mais de 600 milhões de euros até ao final de março de 2022”.
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