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Plano de reestruturação da TAP prevê despedimento de 750 trabalhadores de terra
JN/AgênciasHoje às 16:31O plano de reestruturação da TAP prevê o despedimento de 750 trabalhadores de terra e corte de 25% na massa salarial, exceto nos ordenados mais baixos, segundo um comunicado conjunto de sete sindicatos, divulgado este sábado.”No que concerne ao pessoal de terra, redução de 450 trabalhadores da M&E, mais 300 trabalhadores da sede, isto é, um total de 750 trabalhadores de Terra”, lê-se no comunicado assinado pelo Sindicato dos Economistas (SE), Sindicato dos Engenheiros (SERS), Sindicato dos Contabilistas (SICONT), Sindicato das Indústrias Metalúrgica e Afins (SIMA), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC) e pelo Sindicato dos Técnicos de ‘Handling’ de Aeroportos (STHA).Mais, os sindicatos que representam o pessoal de terra da aviação foram informados, na reunião de sexta-feira com a administração, de que estes profissionais vão sofrer um “corte de 25% na massa salarial, acima de um valor mínimo garantido, isto é, não há cortes nos salários mais baixos”.A plataforma de sindicatos que representam trabalhadores da TAP referiu, também, que lhes foi comunicada a redução global de 3000 trabalhadores do quadro, através de medidas voluntárias, como rescisões por mútuo acordo, licenças sem vencimento de longa duração, trabalho a tempo parcial e outros mecanismos ainda em análise.Os sindicatos lembraram que, àquele número, deve somar-se “despedimentos coletivos na dimensão necessária para chegar ao número de 3000 trabalhadores” e os “cerca de 1600 trabalhadores contratados a termo que desde abril de 2020 até março de 2021 não renovaram ou renovarão”, o que totaliza uma redução de “4600 num universo de quase 11 mil trabalhadores em janeiro de 2020″.”Perante este cenário, demonstrámos desde logo o nosso profundo desagrado por não ter havido qualquer reunião de trabalho com os sindicatos, o que levou à – tentativa de – apresentação de factos consumados, o que sempre dissemos que não aceitaríamos”, acusaram os sindicatos.A estrutura destacou também o abandono dos apoios do Governo à retoma progressiva, a partir do dia 1 de dezembro, o que significa que os trabalhadores voltam a cumprir o seu horário completo.Na sua ótica, aquela decisão demonstra o “objetivo do Governo”, que é “despedir 60 dias após os apoios recebidos”.Numa comunicação aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, a administração da TAP referiu que vai propor aos trabalhadores um pacote de medidas voluntárias, que incluirá rescisões por mútuo acordo, licenças não remuneradas de longo prazo e trabalho a tempo parcial, e admite cortes salariais transversais e despedimentos.Além de medidas voluntárias que serão apresentadas “nas próximas semanas”, o Conselho de Administração adianta que “estão colocados para discussão cenários como a suspensão do pagamento de alguns complementos remuneratórios, cortes salariais transversais, garantindo um valor mínimo que assegure a proteção aos salários mais baixos, e ainda a possibilidade de adequar o número de trabalhadores a uma operação que nos próximos anos será reduzida em 30% a 50%, retrocedendo assim a valores vividos há mais de uma década”.Já a direção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) adiantou, numa nota aos seus associados, a que a Lusa teve também acesso, que o plano de reestruturação da TAP prevê o despedimento de 500 pilotos e a redução em 25% dos seus salários.O plano de reestruturação da TAP, elaborado pela consultora Boston Consulting Group (BCG), no âmbito do apoio estatal de até 1.200 milhões de euros, tem de ser entregue à Comissão Europeia até 10 de dezembro.
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