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Presidente da TAP diz que esforços dos trabalhadores ″têm de perdurar″

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Presidente da TAP diz que esforços dos trabalhadores ″têm de perdurar″

JN/AgênciasHoje às 14:48O presidente da Comissão Executiva (CEO) da TAP, Ramiro Sequeira, considerou esta terça-feira que os esforços que os trabalhadores estão a fazer têm “de perdurar no tempo”, caso contrário “em 2025 estamos outra vez com o mesmo problema”.”A aviação, como a conhecemos, não voltará e, portanto, os esforços e este sentido de responsabilidade que os sindicatos e os trabalhadores estão a ter com a empresa é algo que tem de perdurar no tempo, porque senão […] em 2025 estamos outra vez com o mesmo problema”, disse, Ramiro Sequeira, que está a ser ouvido na Assembleia da República, na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, por requerimento do PSD e da Iniciativa Liberal.O responsável considerou que a reestruturação de que a companhia aérea está a ser alvo “é uma oportunidade” para a transformar e garantir a sua “sustentabilidade e sucesso”, isto é, uma reestruturação “a longo prazo e mais estrutural”.Ramiro Sequeira justificou, desta forma, a necessidade de terem sido adotadas medidas que assentam numa “política rigorosa com os fornecedores”, com as contas, de “desperdício zero”, sem custos que não sejam necessários e de reestruturação da massa salarial e da produtividade.Relativamente aos acordos coletivos de emergência assinados com os sindicatos, que suspendem cláusulas do acordo em vigor e preveem, entre outras medidas, redução de postos de trabalho e cortes de 25% nos salários superiores a 1.330 euros, o presidente da Comissão Executiva considerou que os sindicatos “fizeram um exercício de extrema responsabilidade”.”Obviamente que o acordo que está assinado não é do agrado dos sindicatos, nem é do agrado da empresa, porque ninguém queria estar nesta situação, ninguém tem especial gosto em reduzir o tamanho da empresa, mas aqueles acordos – é importante ser dito – foram assinados por todos, ou seja, todos os sindicatos concordaram com as medidas que foram negociadas”, sublinhou.Na sexta-feira, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) desconvocou a assembleia-geral prevista para sábado, onde iria votar o acordo de emergência na TAP, adiando-a para dia 26, devido a “algumas fragilidades técnico informáticas”, segundo uma mensagem interna.Também o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) adiou para data a anunciar a votação do acordo de emergência com a TAP, agendada inicialmente para esta terça-feira, segundo um comunicado a que a Lusa teve acesso.Por sua vez, no sábado, o Governo anunciou que a TAP ia avançar em 1 de março, preventivamente, com o regime sucedâneo, uma solução unilateral enquanto aguarda a decisão do SPAC e do SNPVAC sobre o acordo de emergência.O regime sucedâneo permite aplicar de forma unilateral, entre outras medidas, a suspensão total ou parcial das cláusulas dos acordos de empresa.Em 6 de fevereiro, o SNPVAC anunciou um acordo coletivo de emergência com a TAP, após dez horas de reunião com a empresa, em que as partes acordaram reduzir os despedimentos para 166 tripulantes, face aos 746 inicialmente previstos, no âmbito do processo de reestruturação da companhia.O acordo alcançado com os tripulantes prevê ainda cortes salariais de 25% em 2021, 2022 e 2023, ao passo que, em 2024, a redução é de 20%.No entanto, os cortes na remuneração não afetam salários inferiores a 1330 euros, exceto em 2021, em que o limite sem redução é de 1200 euros, acrescidos de seis dias por mês de uma variável retributiva.A redução do período normal de trabalho será transversal a todos os tripulantes: 15% em 2021, 10% em 2022 e 5% em 2023.Entretanto, para a Portugália (PGA) também foi acordado um corte nos salários dos tripulantes de cabina de 25%, entre 2021 e 2023, e de 20%, em 2024, aplicáveis à parcela acima dos 1330 euros.


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