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Proibição das máscaras comunitárias põe em causa ″uns milhares largos″ de empregos

Proibição das máscaras comunitárias põe em causa ″uns milhares largos″ de empregos

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Proibição das máscaras comunitárias põe em causa ″uns milhares largos″ de empregos

Ilídia Pinto/JN/DVHoje às 16:39Países europeus proíbem uso de máscaras têxteis em espaços públicos e a fileira têxtil nacional teme pelo efeito da medida nas exportações e no empregoFrança, Alemanha e Áustria proibiram o uso de máscaras comunitárias em espaços públicos e a situação está a preocupar seriamente a indústria têxtil e do vestuário. Mário Jorge Machado, presidente da ATP, diz que é preciso “lutar contra a desinformação”, porque os testes em laboratório “já provaram que as máscaras têxteis são tão seguras quanto as FFP2”, e garante que a medida terá “sérios efeitos” ao nível das exportações e do emprego. “Há uns milhares largos de postos de trabalho em causa”, alerta.”A máscara comunitária de nível 2, a chamada máscara profissional, devidamente certificada garante o mesmo nível de proteção dos respiradores, os chamados FFP2, ou seja, uma filtração de partículas acima dos 90%. Os ensaios laboratoriais provam-no. E, tanto quanto sabemos, não há evidência científica de que uma máscara de nível 3, com uma capacidade de filtração acima dos 70%, não seja proteção suficiente. O que parece estar em causa são as máscaras de fabrico doméstico, mas isso não pode servir de desculpa para meter tudo no mesmo saco”, considera Mário Jorge Machado. Que lembra que, apenas de algum abrandamento face à loucura inicial após a sua aprovação, em abril, as vendas de máscaras ao exterior “continuam, ainda, a pesar cerca de 10 a 15 milhões de euros mensais”.Em causa está a notícia de que o Governo francês determinou que os cidadãos usem máscaras cirúrgicas FFP1 de uso único, ou máscaras FFP2, com capacidade de bloquear 90% das partículas, em todos os locais públicos, ilegalizando o uso de máscaras caseiras, também conhecidas por “comunitárias”, de tecido, neste tipo de espaços, seguindo o caminho já antes anunciado no mesmo sentido da Alemanha e da Áustria. Para o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, a questão resume-se a uma decisão política que, perante a incapacidade de identificar à vista desarmada quais as máscaras certificadas, ou não, “opta por proibir, totalmente, o uso das máscaras têxteis”.Mário Jorge Machado fala em “preconceito”: “Pensa-se que, por ser um produto têxtil, não pode ter uma alta performance do ponto de vista tecnológico, quando hoje há asas de avião feitas com materiais têxteis. O preconceito e a desinformação não é fácil de desmontar, mas é uma luta que tem de ser empreendida”.Leia mais em Dinheiro Vivo a sua marca de economia


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