Um terço dos brasileiros já utilizaram aplicativos de táxi ou transporte

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O Comitê Gestor da Internet divulgou nessa semana e edição 2018 da pesquisa TIC Domicílios, que apresenta dados sobre a relação que o público brasileiro tem com o uso de serviços web. A pesquisa é desenvolvida em parceria com o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), integrante do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

Dos resultados apresentados, o destaque ficou por conta da informação de que 40,8 milhões de pessoas pediu táxis ou motoristas em aplicativos, número que representa 32% da população total.

O número mostra a crescente familiarização da população com serviços que antes estavam restritos a um número pequeno de usuários. Além do uso de apps de corrida, 28% dos usuários pagaram por serviços de filmes ou séries on-line, 12% fizeram pedidos de refeições em sites ou aplicativos e 8% pagaram por serviços de música.

Comprar na loja com o smartphone na mão

O hábito de realizar pesquisas pela internet continua firma e forte: 60% dos brasileiros conectados consultaram os preços de produtos e serviços, sendo que 34% fizeram compras ou encomendas on-line e 19% divulgaram ou venderam produtos e serviços. Os principais canais de divulgação e venda são as redes sociais (67%), os sites de compra e venda (63%), mensagens em aplicativos de conversas (48%) e e-mail (13%).

Do público que ainda não realiza compras pela internet os principais impedimentos continuam sendo questões de preferência pessoal e desconfiança com a plataforma. Dos entrevistados que não compram pela web, 83% afirmaram que preferem realizar compras pessoalmente, enquanto 62% não tem confiança no produto a ser recebido e 59% não querem inserir informações pessoais e do cartão de crédito em sites.

Smartphones como porta de entrada

Outro dado significativo apontado pelo estudo é o de que 85% dos usuários de Internet das classes D e E acessa a rede exclusivamente pelo celular. E, desse total, 29% acessam se conectam apenas via Wi-Fi.

A informação é importante para mostrar que, apesar das classes com menor poder aquisitivo já ter contato com o mundo web, a falta de contato com equipamentos mais sofisticados (tipo um computador) faz com que elas ainda tenham lacunas em executar tarefas corriqueiras em ambientes corporativos.

“É importante destacar que, apesar de cada vez mais brasileiros da classe DE usarem a Internet, esse acesso tem acontecido quase que exclusivamente por meio do telefone celular e das redes móveis, o que pode limitar o desenvolvimento de habilidades digitais mais complexas e a apropriação efetiva das tecnologias”, avalia Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

A versão completa da pesquisa está disponível para download no site da Cetic.