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YouTube barra canais que publicam desinformação sobre protestos de Hong Kong
O YouTube publicou na última semana um post em seu blog oficial, no qual diz que a plataforma de streaming de vídeos teria sido usada para espalhar desinformação sobre os protestos e manifestações de Hong Kong.
No post, Shane Huntley, engenheiro de software da equipe de análise de ameaças do Google, explica que o YouTube desativou 210 canais que teriam compartilhado desinformação sobre os protestos de Hong Kong.
O Twitter e o Facebook também reprimiram publicações de usuários que retratavam manifestantes de Hong Kong como violentos e extremos, nas últimas semanas. Nos posts removidos, os manifestantes eram comparados com terroristas associados ao Estado Islâmico (ISIS).
Vale ressaltar que essa é a primeira vez que uma rede social remove contas vinculadas à desinformação na China. O Twitter afirmou ao jornal americano, ter “evidências confiáveis para apoiar que esta é uma operação coordenada e apoiada pelo estado [chinês]”.
Hong Kong, mesmo estando dentro do território chinês, é uma ex-colônia britânica que tem governo independente da China e as rede sociais ocidentais são vastamente usadas pela população, principalmente para organizar protestos e unir grupos politizados. Na China, a internet ocidental passa por um controle rígido do governo, um sistema de filtros conhecido como Great Firewall.
A suposta estratégia usada pelo governo chinês já foi usada antes pelos russos. O NYT explica que a Rússia usou o Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, além de outras redes sociais, para distribuir conteúdo duvidoso, principalmente antes das eleições para presidente dos Estados Unidos de 2016.
Em seu post, o YouTube afirma que continuará permitindo que meios de comunicação apoiados pelo governo chinês publiquem e divulguem em sua plataforma.