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Bancos fecharam um terço dos balcões desde 2008
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Número de balcões bancários é o mais baixo desde 1995. Em Lisboa encerraram 40% nos últimos 10 anos; no Porto desapareceram 37,8%. Valbom fica sem serviço.
A Autoeuropa acabava de ser inaugurada, a TMN tinha anunciado o primeiro telemóvel pré-pago do Mundo e a Portugal Telecom realizara a sua primeira fase de privatização. Corria o ano de 1995 e, desde então, nunca houve tão poucas agências bancárias em Portugal. Hoje há muitas cidades que não têm um único balcão aberto. É o caso de Valbom, em Gondomar, cujos 16 mil habitantes ficam a partir de hoje sem serviços bancários, com o fecho da sucursal do Millennium BCP ali instalada há quase 40 anos.
Os bancos encerraram um terço dos seus balcões desde a crise de 2008. O resgate financeiro de Portugal, a resolução do BES, o fim do Banif, e os enormes prejuízos nos grandes bancos explicam parte dos encerramentos. A digitalização dos serviços financeiros e da economia e a forte concorrência das “fintechs” fez o resto.
Numa década, encerraram mais de 2000 balcões no país: Lisboa perdeu 600 agências, 40% do total; o Porto viu fechar mais de 400 balcões (37,8%), enquanto no Funchal desapareceram 63 agências bancárias, nada menos de 41,4%, a maior quebra percentual.
Mais de metade dos distritos têm hoje menos balcões de bancos do que tinham há duas décadas. E já há cidades que não têm nenhuma agência.
“Vemos com muita preocupação este processo de encerramento galopante de agências”, considera Rui Riso, presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SIBSI), em declarações ao JN/Dinheiro Vivo.
“De facto, este processo já foi longe demais. Penso que chegou o momento de o repensar para evitar o apagão da Banca e dos serviços bancários em algumas zonas do país”.
Mas os fechos vão prosseguir em alguns bancos. A Caixa Geral de Depósitos (CGD), por exemplo, prevê encerrar mais 100 agências até 2020, segundo o plano estratégico acordado com Bruxelas no âmbito da recapitalização do banco público. Irá ficar com entre 470 e 490 agências.
Mas não é caso único. A partir de hoje, os habitantes de Valbom deixam de contar com a sucursal do Millennium BCP. O banco deixou na porta um aviso aos clientes de que o atendimento passa para outra agência, em Gondomar, a cerca de cinco quilómetros de distância. António Braz, presidente da União de Freguesias de Gondomar, Valbom e Jovim, considera que o fecho da agência do BCP é um “rude golpe na qualidade de vida e no direito das populações aos serviços bancários”.
A Associação Portuguesa de Bancos (APB) limitou-se a responder que “esta diminuição resulta de decisões individuais de cada um dos bancos, sobre as quais a APB não se pronuncia”.
Um aposta cada vez maior nos serviços digitais
Na tentativa de resistir aos novos desafios, os bancos têm vindo a desenvolver as suas áreas digitais, a criar aplicações e a incentivar os clientes a aderir ao “e-banking”. Há cada vez mais serviços bancários prestados online. Em setembro entra em vigor a diretiva dos pagamentos que trará ainda mais concorrência por parte de “fintechs”. “Reconheço que há razões económicas, tecnológicas e outras ligadas à nova geração de clientes que justificam o encerramento de algumas agências”, afirmou Rui Riso, mas a solução “não pode limitar-se apenas ao encerramento de agências e redução dos seus colaboradores”.
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