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Novo Banco agrava prejuízos para 400 milhões de euros no primeiro semestre
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O Novo Banco registou um prejuízo de 400,1 milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que compara com um prejuízo de 212,2 milhões no mesmo período de 2018, foi hoje divulgado.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco explica que o resultado se deve a “uma perda de 513,5 milhões de euros na atividade “legacy” [legado do BES] e de um ganho de 113,4 milhões de euros na atividade recorrente”.
O Novo Banco vendeu, no primeiro semestre, carteiras de crédito malparado, imóveis e ainda a seguradora GNB Vida, “cujo impacto negativo ascendeu a 340 milhões de euros”.
As perdas resultantes das vendas de malparado, imóveis e da seguradora GNB Vida obrigaram o banco a constituir provisões para “outros ativos e contingências” no valor de 353 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, uma subida face aos 38,3 milhões de euros registados em igual período de 2018 para a mesma rubrica.
Esta rubrica dentro das provisões inclui “35,1 milhões de euros para reestruturação, 228,7 milhões de euros para projetos de venda de ativos não produtivos (Sertorius e Albatroz [malparado e imóveis]) e 58,0 milhões de euros para a GNB Vida”, explica o banco.
No total, as imparidades e provisões constituídas pelo Novo Banco no primeiro semestre atingiram 514,9 milhões de euros, um aumento face aos 248,4 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.
No entanto, as provisões para crédito diminuíram 16,5%, passando de 199,6 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2018 para 166,7 milhões em igual período deste ano.
O Novo Banco explica que o projeto de venda de imóveis Sertorius gerou uma perda de 71,6 milhões de euros nos resultados de exploração, aos quais se adiciona o “custo com as contribuições para o Fundo Único de Resolução (22,5 milhões de euros) e para o Fundo de Resolução Nacional (12,2 milhões de euros)”.
No total, os prejuízos nesta rubrica atingiram os 103,3 milhões de euros na primeira metade do ano, o que compara com 8,9 milhões de euros na primeira metade de 2018.
“Progredimos na execução da nossa estratégia de redução de ativos não produtivos”, disse o presidente executivo do Novo Banco António Ramalho, citado no comunicado enviado à CMVM.
A margem financeira (diferença entre juros cobrados no crédito e nos depósitos) do Novo Banco aumentou 18,8%, passando de 221,0 milhões de euros no primeiro semestre de 2018 para 262,5 na primeira metade de 2019.
O produto bancário também aumentou, mas 9,1%, passando de 380,1 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2018 para 414,8 milhões em igual período deste ano.
Em termos de custos operativos houve uma redução de 0,4%, correspondente à passagem de 244,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2018 para 243,1 milhões na primeira metade de 2019.
As contas do primeiro semestre de 2018 foram também reexepressas, “por forma a refletir a alteração do registo inicial de passivos relacionados com a operação de LME [Liability Management Excercise, troca de obrigações] concretizada no último trimestre de 2017”.
Aquando da divulgação de resultados relativos ao primeiro semestre de 2018, no ano passado, o banco tinha anunciado um prejuízo de 231,2 milhões de euros, e não de 212,2 milhões como foi hoje reexpresso.
O Novo Banco voltou a dividir a apresentação de resultados entre o negócio recorrente e o legado do antigo Banco Espírito Santo (BES).
O legado do BES registou um prejuízo de 513,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, um agravamento face aos 240,8 milhões de euros da primeira metade de 2018.
No legado, as provisões e imparidades aumentaram para 446,7 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2019, o que compara com 247,6 no mesmo período de 2018.
O ativo do legado do BES reduziu-se de 12.386 milhões de euros no final do primeiro semestre de 2018 para 9.995 milhões de euros no mesmo período de 2019.
Já no negócio recorrente, o banco liderado por António Ramalho indica que registou lucros de 113,4 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, o que contrasta com os 28,6 milhões de euros registados no mesmo período de 2018.
Aqui, os resultados de operações financeiras registaram saldo positivo de 47,9 milhões de euros, “reflexo dos ganhos na venda e reavaliação de títulos, em particular os relativos a dívida pública”.
Os custos operativos aumentaram 1,9 milhões de euros para 235,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, “reflexo das continuadas medidas de controlo de custos, mesmo com investimento no negócio e na transformação digital”.
De acordo com António Ramalho, o banco “continua a cumprir os seus objetivos, com um desempenho que reflete o aumento da margem financeira e o crescimento dos volumes de crédito, quer no segmento de retalho quer de empresas”.
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