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Suspensa publicidade com virologista Pedro Simas por ″alegações enganosas″
Luís Pedro CarvalhoHoje às 10:41A Zeiss foi obrigada, pela Auto Regulação Publicitária, a acabar com a campanha a uma lente que “elimina 99,9% dos vírus e bactérias potencialmente nocivos da superfície”, por considerar, na conclusão da deliberação, que as alegações “não são verdadeiras, e porquanto enganosas”, sendo a campanha com o virologista Pedro Simas capaz de influenciar de “forma abusiva o consumidor”.Após uma queixa da Essilor, concorrente na área dos produtos óticos, a entidade de regulação publicitária considerou que a campanha que usa a imagem da apresentadora Catarina Furtado e do virologista Pedro Simas seria ilegal. Apesar de não analisar a eficácia da lente, por não lhe competir, o organismo salienta que a utilização da imagem da apresentadora viola a alínea f) do artigo 46 do código da publicidade, que impede que se “faça referência a uma recomendação emanada por cientistas, profissionais de saúde ou outra pessoa que, pela sua celebridade, possa incitar ao consumo de dispositivos médicos”.O mesmo artigo é aplicado à presença do investigador do Instituto de Medicina Molecular e número oito da lista PSD/CDS à câmara de Lisboa Pedro Simas na campanha da Zeiss, com a agravante de ser “eticamente mais censurável dado que esta personalidade tem ‘entrado na casa dos consumidores’ por via da comunicação social quase diariamente e sempre associado à situação pandémica em que vivemos, transmitindo e recomendando atitudes e comportamentos neste contexto, pelo que esta associação se afigura a este JE [Júri de Ética] particularmente grave e capaz de influenciar de forma abusiva o consumidor”.É também alvo de censura a participação do cientista num programa do Canal Saúde +, em que Simas participa enquanto convidado, mas também numa segunda parte, publicitária, relativa às lentes da Zeiss. “Não se pode, assim, deixar de entender que as alegações comerciais efetuadas na segunda parte do programa, apesar de estarem identificadas com a menção “PUB”, não se encontram devidamente separadas do programa de informação”, pode ler-se na deliberação.Contactado pelo JN, Pedro Simas sublinhou que é “um cientista” e remeteu outros comentários sobre o caso para declarações tornadas públicas nos últimos dias, em que disse participar em “webinars de várias multinacionais no sentido de informar a comunidade da situação pandémica em que vivemos”.
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